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Cerca de 40 modelos fizeram o ato no em frente ao Píer Mauá.
Primeira noite de desfiles da temporada acontece nesta quarta-feira.

Giovana SanchezDo G1 Rio

Um grupo de cerca de 40 artistas e modelos fez um ato na Zona Portuária, em frente ao Píer Mauá, onde ocorre a primeira noite de desfiles da temporada outono/inverno do Fashion Rio, na noite desta quarta-feira (7). Segundo o diretor do grupo Palco dos Mil Sonhos, Leonidas Lopes, a apresentação é uma celebração pelo mês da consciência negra.

A apresentação ocorre um dia após a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa que realiza o evento, a Luminosidade, e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles.
"O termo de compromisso é uma celebração de um passo conjunto que pode trazer um espaço que ainda não há no Rio. O desenho estético vendido pela moda não atende a proposta de consumo da maioria da população brasileira", disse Moisés Alcuña, coordenador de políticas públicas da Educafro.

Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo revela que a discriminação racial continua firme e forte

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

O preconceito racial no Brasil continua a ser um sentimento camuflado e não assumido. Essa é a síntese de uma pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Opinião Pública (NOP) da Fundação Perseu Abramo. O estudo mostrou, em uma análise inicial, que, se de um lado, 90% dos brasileiros admitem que existe sim a descriminação, 96% declaram que não têm preconceito contra negros, contra brancos (97%) e contra índios (96%). Os dados, coletados a partir de 5.003 entrevistas realizadas com pessoas maiores de 16 anos, em 266 municípios em todo o Brasil, apontam que, seja por desconforto ou por dificuldade em encarar os próprios sentimentos, a maioria das pessoas entende que esse é um problema dos outros.

No entanto, quando o estudo se preocupou em avaliar e compreender os detalhes e os desdobramentos da análise inicial, a tese do não-preconceito não se sustentou, e ainda apareceu com força. Para identificar a extensão da discriminação por cor, os pesquisadores desenvolveram questões complementares, relacionadas à linguagem cotidiana, à crença em superioridade intelectual de alguma raça, ao voto em candidatos de cor diferente e a relações familiares e de comunidade com pessoas de outra raça ou cor.

Apesar do quadro ainda ser alarmante, o resultado apresenta algumas diferenças positivas em relação aos dados obtidos por uma pesquisa similar feita em 1995, pelo Instituto Datafolha. A coleta mais recente mostra que 75% dos entrevistados manifestam algum grau de preconceito. Entre a população urbana (89% do total), a taxa daqueles que manifestam algum preconceito foi de 74%, enquanto no estudo anterior esse número era 87%. Também a não manifestação de preconceito dobrou (de 13% para 26%), o preconceito leve passou de 36% para 50%, o preconceito forte caiu de 4% para 1%, e o médio foi de 47% para 23%.

Os indicadores continuam mostrando que a descriminação ainda é uma atitude majoritária e, pior, sua percepção é pequena. Para falar sobre o estudo e analisar sua repercussão e significados, o SINPRO-SP conversou com a analista do NOP, Vilma Bokani. É o que você acompanha agora.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira (5), durante a abertura III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), uma mensagem ao Congresso Nacional enviando projeto de lei que reserva 20% das vagas em concursos públicos de órgãos do governo federal para negros.

 

A medida vinha sendo estudada pelo governo desde o ano passado e passará agora pela análise de deputados e senadores. O assunto estava na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), aguardando pareceres tanto da Advocacia-Geral da União, quanto do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para a presidente Dilma bater o martelo. A ideia era ter segurança para evitar questionamentos jurídicos posteriores.Em discurso, Dilma informou que o projeto vai tramitar em regime de urgência constitucional, o que dá à Câmara e ao Senado 45 dias, cada um, para analisar o projeto, sob risco de trancar a pauta de votações.A presidente disse ainda que o projeto será exemplo do que pode ser seguido também pelos poderes Legislativo e Judiciário e por estados e municípios, além de entidades privadas.

 

 

​"Nós queremos com essa medida iniciar a mudança na composição racial dos servidores da adminstração pública federal, tornando-a representativa da composição da população brasileira. Esperamos também incentivar, como eu disse, medidas similares a essa, e esse é um importante efeito que se inicia hoje", afirmou a presidente a uma plateia formada de integrantes de movimentos sociais.Antes de ser feito o anúncio, a representante da sociedade civil no Conselho Nacional de Igualdade Racial, Maria Julia Nogueira, cobrou do governo agilidade na implementação de cotas para o funcionalismo público, destacando que seria de especial importância em prefeituras e governos estaduais. "Essa é uma importante sinalização positiva por parte do governo federal, que nós esperamos e desejamos", disse Nogueira.Outra medida anunciada pela presidente é o envio, até 2014, de médicos para todas as comunidades quilombolas do país, contratados pelo governo federal dentro do programa Mais Médicos, que inclui profissionais formados fora do país.

Ela também assinou o ato que cria o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que segundo Dilma "formaliza uma das medidas mais importantes do Estatuto da Igualdade Racial". "Vai permitir o compartilhamento de responsabilidades entre governo federal, os estados e municípios", explicou.Antes de ir para o evento, a presidente tuítou sobre a conferência. "A Conferência é sobre o q foi feito e  o muito q ainda deve ser feito p/ construir um Brasil  de oportunidades p/ todos. #IgualdadeRacial", escreveu em sua conta no microblog.

 

Mãe denuncia racismo contra filha de 4 anos; aluna é xingada de "preta horrorosa"
Dilma assina proposta de cotas raciais para o funcionalismo
Como anda o preconceito no Brasil
Modelos tiram a roupa em ato pela consciência negra no Fashion Rio

De acordo com ela, menina foi ofendida por avó de garoto que se revoltou com o fato de o neto ter dançado quadrilha com uma criança negra. Polícia vai investigar o caso.

 

Fátima diz que filha está se sentindo inferior por ser negra e que vai procurar atendimento psicológico para a menina.

 

“Quero saber por que deixaram uma negra e preta horrorosa e feia dançar quadrilha com meu neto.” Foi assim, segundo o que já foi apurado pela polícia, que a avó de um aluno de uma escola infantil particular em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se referiu a uma menina de 4 anos, em um caso de crime de racismo que revoltou funcionários do Centro de Educação Infantil Emília e levou a mãe da criança a denunciar a mulher à polícia. A diretora da escola foi acusada de não ter feito nada para impedir as ofensas racistas e ainda ter tentado abafar o caso.


O episódio ocorreu dia 10, mas somente ontem, apoiada pela organização não governamental SOS Racismo, a mãe da menina, a atendente de marketing Fátima Viana Souza, revelou detalhes do caso. Ela só ficou sabendo das agressões à filha porque a professora Cristina Pereira Aragão, de 34 anos, que testemunhou tudo, inconformada com a situação e com a falta de ação da diretora da escola, pediu demissão e procurou a família da menina para denunciar o que ocorreu. Outra professora confirmou aos pais da criança a denúncia feita por Cristina. 

Fátima lembrou que a festa junina foi no sábado, dia 7, e que toda a sua família foi para prestigiar a menina. Na terça-feira, dia 10, a avó do garoto, de acordo com o que consta no boletim de ocorrência policial ao qual o Estado de Minas teve acesso, invadiu a escola aos gritos querendo saber por que deixaram uma “negra horrorosa” dançar com o neto dela. “Minha filha presenciou tudo e foi chamada de preta feia. Os coleguinhas da sala ao lado escutaram e foram ver o que estava acontecendo”, disse a mãe, chorando. “Minha filha ficou quieta num canto da sala e a professora a defendeu dizendo que a atitude daquela mulher era crime. Mesmo assim, minha filha continuou sendo insultada”, disse Fátima. 

A mãe disse ainda que não foi informada do ocorrido. No dia, seu marido buscou a filha na escola e tudo parecia normal. Ela lembrou que naquela terça-feira a menina chegou perturbada da escola, não jantou e não conseguiu dormir. “Achei que ela tivesse brincado demais e estava cansada”, disse Fátima. No dia seguinte, a menina vomitou na sala de aula e a diretora alegou para os pais que ela havia comido muitos salgados num piquenique da escola. A professora, que já havia pedido demissão, procurou os pais e contou o que havia acontecido. 

“Fiquei desesperada. Foi horrível. Acho que a minha filha vomitou de medo. Conversei com ela, que repetia o tempo todo que não fez nada, se sentindo culpada. O racismo contra um adulto é intolerável. Contra uma criança indefesa, pior ainda. E eu não estava lá no momento para defender a minha filha”, lamentou Fátima, que vai tirar a menina da escola e quer que a agressora seja punida. “Vou lutar na Justiça pela minha filha e por tantas outras crianças negras que passam pela mesma situação e não é feito nada”, disse. Fátima informou que vai providenciar atendimento psicológico para a filha. “Ela está se achando inferior, que o bom é ser de outra cor”, concluiu.

 

 

RS: universitária gera revolta nas redes sociais após comentário racista

Se o desmatamento das florestas não pode ser visto de forma natural, a presença maciça de afro-brasileiros nos bolsões de miséria também não.

O desenvolvimento da pesquisa no campo das relações raciais evidencia o quão complexo é este assunto, tanto que hoje o racismo como fenômeno social passa a ser visto a partir de suas derivações e, portanto, a ser analisado por diferentes flancos. Assim se constroem as novas terminologias como "racismo institucional" e "racismo ambiental". Quanto a esta última, que é o foco deste modesto artigo, vale destacar a sua relevância em uma conjuntura na qual o perene inchaço das grandes cidades causa estarrecimento.

Diante dessa situação, podemos observar que a questão ambiental é mais complexa do que muitos imaginam. Embora o argumento que reitera a superação da pobreza como algo imprescindível à melhoria do meio ambiente pareça consensual, há que se pensar mais detidamente acerca das pessoas que formam os contingentes de despossuídos nos arredores dos grandes centros urbanos, pois não se trata de uma massa sem rosto.

Foi-se o tempo em que reduzir a exclusão social às classes econômicas respondia às inquietações de grandes parcelas da sociedade brasileira. A atual conjuntura também dá indícios de que o país finalmente inicia um processo de construção democrática da perspectiva da alteridade racial e de gênero. Talvez a referência mais concreta a esse respeito se consubstancie nas políticas públicas focadas nas diferenças, as quais denominamos ações afirmativas.

Paulatinamente a nação vai compreendendo que classe social não é categoria absoluta e tampouco responde sozinha pelas mazelas da humanidade. Assim sendo, pensar a questão ambiental hoje exige que percebamos também os vínculos estabelecidos entre ela e determinados problemas que constam na pauta nacional, sem os quais limitaremos sobremaneira nossas possibilidades de encontrar soluções.

De acordo com esse entendimento, gostaria de destacar o conceito, ainda pouco usual, chamado de racismo ambiental, posto que ele é de extrema valia para os novos olhares em torno da exclusão social. A compreensão de seu conteúdo pelo conjunto da sociedade ainda é precária. No que concerne ao contexto urbano, entende-se por racismo ambiental todo o processo de alijamento de populações para áreas periféricas, sem saneamento básico e, portanto, insalubres, nas quais os riscos de adquirir doenças e ter reduzida a expectativa de vida são inevitáveis. Ocorre que as pessoas que integram tais contingentes não são seres abstratos; elas possuem características fenotípicas que evidenciam seus pertencimentos a segmentos étnico-raciais, cujas identidades culturais também não devem ser subestimadas.

Olhar a pobreza de maneira homogênea sem querer identificar aqueles que são os alvos preferenciais da exclusão é tangenciar o debate sobre a natureza do racismo produzido neste país. Tal fenômeno não atua apenas no campo do simbólico, mas afeta as relações entre as pessoas de várias origens, na medida em que hierarquiza as variações comuns entre seres humanos.

Quando defendemos uma vida melhor para o planeta, podemos denunciar os efeitos mais danosos do aquecimento global, podemos criticar o triunfo do capital sobre a chamada economia verde, enfim, contestações não faltam. Todavia, se não prestarmos atenção no local e nas necessidades humanas mais emergentes que estão diante de nós, o discurso ecologicamente correto não terá a eficácia necessária. Além disso, a saúde do planeta depende da saúde daqueles que nele vivem.

Se o desmatamento das florestas não pode ser visto de forma natural, a presença maciça de afro-brasileiros, por exemplo, nos bolsões de miséria também não. A questão ambiental está inexoravelmente ligada às questões sociais. É nesse sentido que o debate sobre racismo ambiental e as demandas das coletividades por ele atingidas se tornou algo fundamental para a formação de uma consciência ecológica crítica que pense as condições humanas, considerando a sua diversidade, articuladas às urgências ambientais.

A discussão sobre racismo ambiental explicita o desmazelo com as periferias urbanas, bem como a ocupação ilícita das reservas indígenas e das terras quilombolas, denuncia a situação-limite de populações ribeirinhas, entre outros propósitos. A partir desta provocação, é possível compreender que segregação étnico-racial e segregação espacial andam a par e passo. E é justamente por esse motivo que o debate ora proposto se tornou impostergável.

* Nelson Inocêncio é professor da Universidade de Brasília e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, vinculado ao Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam/UnB). Ex-secretário da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).

 

Artigo publicado originalmente na edição nº 1 da revista ECO Brasília.

Fonte: Instituto Ethos

O Bàbá Paulo César Oliveira, do Centro Cultural Orùnmilá, de Ribeirão Preto, afirmou na manhã deste dia 31 de outubro que os casos de violência contra os espaços sagrados das tradições africanas não se configuram como atos de intolerância religiosa e sim atos de crime de racismo. A afirmação foi feita na segunda mesa do XIV Alaindê Xirê (Seminário e Festival Internacional de Culturas Africanas e Afrobrasileiras) que se realiza esta semana no Ilê Afro Brasileiro Odé Loreci, na cidade de Embu das Artes (SP).

Por: Dennis de Oliveira

Para ele, o termo religião não pode ser aplicado às tradições de matriz africana porque a palavra religião vem do latim re-ligare (reconectar-se, religar). "Nós nunca nos desconectamos do sagrado, isto é uma experiência das tradições de matriz judaico-cristã." Paulo César considera que é um "tiro no pé" reduzir estes atos a casos de intolerância religiosa. "As tradições de matriz africana compõe o universo do nosso povo, o povo negro brasileiro. Como povo negro, reivindicamos políticas públicas. Isto é perfeitamente cabível em um Estado laico, pois não se trata de políticas públicas para uma determinada religião", conclui.

Neste raciocínio, Oliveira considera que as agressões que casas e praticantes de candomblé e umbanda tem sofrido configuram casos de racismo, portanto puníveis criminalmente.

Um pouco antes, Rachel Baptista, doutora em antropologia, apresentou seu estudo sobre materiais didáticos da Lei 10639/03 que utiliza algumas simbologias das tradições africanas para explicar determinados conteúdos. Por conta disto, Rachel afirma que muitos profissionais da educação tem resistido a adotar este material por considerar que fazem apologia do "mal", demonstrando a visão preconceituosa sobre estas tradições.

O professor Jocélio Teles, da UFBA, apresentou parte do seu levantamento sobre as casas de candomblé na região de Salvador, afirmando que foram catalogadas cerca de 1.300. Teles afirmou que grande parte delas têm sofrido agressões de todo o tipo, desde invasões e destruição de espaços e objetos sagrados; agressões verbais e físicas a sacerdotes, sacerdotisas e praticantes. Além disto, Teles afirma que muitas casas têm sofrido pressões por parte do poder público com ameaças de desapropriações e da indústria da especulação imobiliária. A articulação do capital e do fundamentalismo religioso de determinadas organizações cristãs protagoniza estes ataques.

Jocélio Teles, entretanto, ressaltou alguns avanços institucionais como ações do Ministério Público e a preocupação com a intolerância religiosa existente em vários documentos oficiais.

Prefeitura do Embu lança cartilha

Na abertura do evento, na quarta-feira, a prefeitura de Embu das Artes apresentou a "Cartilha de Orientação para Legalização de Casas Religiosas de Matriz Africana" contendo os passos para a legalização das casas e, assim, poder obter alguns benefícios que determinados municípios oferecem a espaços religiosos, como isenção de IPTU.

O XIV Alaindê Xirê continua até sábado, dia em que será apresentado o I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, além da apresentação das delegações de músicos e a entrega do troféu Alaiandê Xiré deste ano. Na abertura dos trabalhos do do dia 30, foi feita uma saudação a Logunedé pelas sacerdotisas nigerianas Omoryieba Silifatu Lasisi e Mopelola Osunfunmike Oladejo e uma exposição do Bàbá Ògúndáre, bàbálorisá do Ile Ode Loreci, sobre o culto a este orisá no Brasil.

Fonte: Quilombo

Nos últimos meses, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se tornou palco de polêmicas envolvendo estudantes e professores da instituição. Apenas neste ano, uma estudante foi espancada durante uma calourada, profissionais foram afastados por assédio e quatro alunos respondem a um processo administrativo por um trote com conteúdos racista e nazista.

 

O trote dos alunos da faculdade de Direito causou revolta na internet em março. As imagens foram publicadas no Facebook e compartilhadas rapidamente. Uma das fotos mostra um veterano segurando uma estudante acorrentada, com a pele pintada e com um cartaz escrito “caloura Chica da Silva

 

Outra imagem que circulou na internet tem um aluno amarrado enquanto outros fazem uma saudação nazista. Ao todo, 198 estudantes foram processados, mas apenas quatro vão responder pelas práticas consideradas "incompatíveis com a dignidade universitária"

 

Em agosto, durante uma calourada dentro do campus da universidade, uma jovem de 26 anos afirmou ter sido espancada. Durante a festa, a estudante teria sido agredida sem nenhuma chance de reação após um desentendimento com o ex.

— Tivemos um desentendimento e ele começou a me agredir. Me empurrou e logo em seguida, como eu caí no chão, ele começou a me arrastar pelos cabelos, tanto que minha cabeça está com algumas feridas

 

Segundo a universitária, as agressões aconteceram no gramado da faculdade de Belas Artes. Ela afirma que o ex-namorado a arrastou até a calçada. Duas pessoas, supostos seguranças da universidade, assistiram a cena, mas preferiram ignorar a situação

— Eles continuaram caminhando e não me socorreram

 

Depois que o ex-namorado foi embora a estudante procurou a polícia e denunciou o suposto agressor à Delegacia de Mulheres. Ela teme que, por ser de classe média, o rapaz não seja punido. A aluna também denunciou casos frequentes de violência contra a mulher e ações de homofobia e racismo no campus da UFMG 

— Eu estou me expondo justamente para que não sejam invisibilizados esses casos. Vários homossexuais já foram agredidos ali dentro

 

Na última semana, dois professores foram denunciados por estudantes por condutas irregulares. Segundo as informações, Francisco Coelho, que leciona no curso de Ciências Sociais, teria assediado uma aluna em sala de aula, dizendo que gostaria de queria "vê-la na horizontal". Já outra caso apresentado pelos alunos é o de Antônio Zumpano, que ministra a disciplina de matemática no curso de Gestão Pública. Os universitários alegam que o profissional tem costume de utilizar as redes sociais para postar mensagens homofóbicas.

 

A denúncia foi encaminhada para a reitoria da universidade, Ministério Público e para o Ministério da Educação. As paredes e portas do prédio onde os professores dão aula foram pichadas. Uma sindicância foi organizada para avaliar a situação. Dois professores e um aluno serão responsáveis por analisar provas e dados sobre o caso.

Os comentários de uma aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) no Twitter revoltou internautas e gerou repercussão nas redes sociais na noite desta sexta-feira. Chamada de racista, Marina Ceresa chegou a ser repreendida pelo Centro Acadêmico da universidade e teve que se explicar em outra publicação.
Tudo aconteceu quando a jovem estava a caminho da universidade quando, segundo ela, um carro com um casal negro quase a atropelou. "Acabei de quase ser atropelada por um casal de negros. Depois vocês falam que é racismo né, mas TINHA QUE SER, né?", disse a estudante, que completou em outra mensagem: "E estavam num carro importado, certo que é roubado".
Dois minutos após a publicação, Marina fez outro comentário, tentado se defender de eventuais acusações de racismo. "Eu não sou racista, aliás, eu não tenho preconceitos. Mas, cada vez que aprontam uma dessas comigo, nasce 1% de barreira contra PRETOS em mim", disse.
Não demorou muito para que as publicações fossem replicadas não só no Twitter como em perfis do Facebook. Ainda na noite de ontem, o perfil do O Centro Acadêmico Arlindo Pasqualini (CAAP) da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS divulgou nota lamentando o caso. “Nós, estudantes de comunicação social da PUCRS, não nos calaremos diante do racismo praticado por colegas da nossa faculdade. Práticas como essa devem ser combatidas em toda a sociedade. Atuaremos de forma ainda mais incisiva em casos presentes em nossa universidade”, dizia a nota.
Por conta da repercussão instantânea, a universitária resolveu deletar sua conta no Twitter, mas decidiu manter ativo seu perfil no Facebook, pelo qual divulgou uma nota se desculpando pelo ocorrido. Na publicação, Marina explicou o ocorrido e reconheceu ter errado no teor do comentário. “Estou postando essa nota de esclarecimento porque eu olhei para o que eu escrevi e percebi que eu fui muito errada em colocar aquelas palavras de efeito”, disse.
 
 

Agressão, racismo e homofobia: universidade de Minas vira palco de polêmicas.

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